Diário de Intercâmbio

30 novembro 2012

Foto: We Heart It

Pra quem não sabe em 2 meses eu estarei vivendo o momento mais mágico da minha vida. Vou fazer intercâmbio! E pra uma garota que cresceu assistindo High School Musical isso é um grande passo.
Eu sempre fui apaixonada pela cultura americana.  E agora, depois de muita insistência eu finalmente embarcarei rumo a realização do meu sonho de infância!
Mas infelizmente, não só de maravilhas vive uma intercâmbista. É preciso se programar muito antes de ir e as coisas não são tão fáceis assim (na verdade, são MUITO difíceis mas tudo tem sua recompensa!)
No programa que eu estou fazendo, eu só tenho o direito de escolher o país pra que quero ir, a cidade fica a critério da disponibilidade da host family*. Eu escolhi os Estados Unidos, e ficarei MUITO feliz em ir pra qualquer cidade que me mandarem.
Aqui, vou contar todas as minhas aventuras e desventuras desde o processo de convencer a minha mãe até minha volta ao Brasil.
Se você também quer fazer intercâmbio, espero que esse espaço seja útil pra tirar todas as suas dúvidas. Se você não quer fazer intercâmbio, espero que eu consiga te convencer do quão legal essa experiência pode ser!

Beijos e até a próxima!

*Host Family: A família que me acolherá durante os 6 meses em que eu ficarei nos EUA.

P.S: Viajarei em 2 meses se o mundo não acabar! Hahaha

Resenha: Livro "Um dia"

28 novembro 2012


  Antes de mais nada devo dizer que esse é um dos meus livros favoritos e que me sinto honrada em poder compartilha-lo com vocês. 
"Um dia" conta a história de Emma Morley e Dexter Mayhew, que se conhecem logo após a formatura, em 1988. Mais precisamente em 15 de Julho, dia de São Swithin. Segundo a tradição, as condições meteorológicas desse dia permanecerão pelos próximos quarenta.
  Assim, o livro conta durante 20 anos como está a vida de cada um no dia 15 de julho.
  Emm é uma garota que apesar de inteligente não sabe o que quer da vida. Escreve poesias e trabalhou no teatro. Até que se reprimiu e desperdiçou muitos anos trabalhando num restaurante mexicano que nunca a levou pra lugar nenhum. 
  Dex é do tipo canalha que só quer aproveitar cada minuto como se fosse o último.  Gosta de viajar e o faz com frequência.  Ao longo da história, se descobre um bom (não na opinião do público) apresentador de TV. Com a falta de tempo e a diversão fácil proporcionada pelos seus contatos na mídia, acaba se afastando de Emm e logo em seguida se perde.
  Emm e Dex, Dex e Emm (expressão muito utilizada no livro) vivem muitos altos e baixos. Passam de conhecidos à amigos em uma noite, de amigos à cúmplices em alguns meses, de cúmplices à inimigos em alguns segundos e de inimigos à amantes em 20 anos. O problema é que eles demoram pra perceber, e quando isso ocorre pode ser tarde demais. 
  Eu, particularmente, me identifiquei com a Emma e muitas vezes fiquei com vontade de ser igual. (Ok, esse é o momento em que vocês dizem que eu não tenho personalidade. Hahaha)
  É uma leitura surpreendente com lições que me marcaram. Prepare-se para rir e chorar muito! Nem preciso dizer que eu SUPER recomendo, né? Beijos e até a próxima!



" Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da confiança. Ou isso ou uma vela perfumada."

                                                                              

                                                                        





When all hope is gone

27 novembro 2012

Foto: We Heart It

    Depois de horas cheguei ao meu destino e soube que ainda esperaria mais um tempo para te ver. Tentei parecer imparcial e fazer pouco caso mas era impossível esquecer do que a gente viveu, mesmo que tenha sido há 2 anos atrás.  No avião, havia me convencido de que não estava indo para essa viagem por você, mas nas vezes em que citaram seu nome eu corei inevitavelmente. Eu sabia que tudo estava diferente desde a última vez em que nos vimos, e não sabia se aquele desejo insaciável por mim ainda habitava em você.
   Te encontrei dias depois, saindo desajeitado do carro, com cara de quem havia passado horas dirigindo. Você me deu um aperto de mão frio e eu tive vontade de te agarrar pelo pescoço e me encaixar em você como costumava fazer. Eu não me esqueci de como eramos feitos simetricamente um pro outro.
   Mais dias se passaram e durante as noites em que nos encontrávamos  o muro que nos separava parecia indestrutível. Eu quase dei tudo por acabado, mas não podia! Precisava ouvir da sua boca que você não me queria mais e que tudo não havia passado de diversão, algo momentâneo. Em um dos meus vários momentos de inconsciência pensei em te ligar. Tirei o telefone do gancho e pensei mais trezentas vezes. Hesitei. Tomei coragem e disquei seu número o mais rápido que pude para que não houvesse tempo para desistências.
   - Rafael?
   - Sim?
  - Aqui é a Isadora - ambos ficamos em silêncio sem saber o que dizer - hm... você desistiu da gente? - completei por impulso e logo que ouvi saindo da minha boca percebi o quão estúpido aquilo soava.
   - Estou passando na sua casa agora!
    Aquela era, por sorte, uma das poucas situações em que eu me encontrava sozinha em casa. Teria liberdade para fazer o que eu quisesse. Esperei por horas, inquieta, sem ter pela primeira vez controle sobre o meu próprio corpo, minha própria mente.
   Ouvi a campainha tocar e pulei da cama. Depois de tantos anos,  eu não sabia como deveria agir, como deveria cumprimenta-lo e me perguntei se ainda o chamavam pelo antigo apelido. Abri a porta nervosa.
   - Oi! - me esforcei o máximo para parecer o mais natural possível.
   Não tive resposta e nem tempo para pensar. Você me agarrou bruscamente e me beijou. Um beijo mágico, puro, inocente. Esqueci de todo o discurso que havia preparado e me entreguei verdadeiramente. Foi uma noite regada a vinho e quase nenhum diálogo. Usei da pouca luz que havia no quarto para observar seu rosto. Era como sempre foi, e eu gostava assim. 
  Fizemos um pacto. Juramos que, não importava o que fosse acontecer, no final teríamos um ao outro. Anos poderiam passar, mas continuaríamos nos desejando. 
   Você me disse que precisava ir. Vestimos nossas roupas, eu te acompanhei até a porta e te olhei pela última vez nos olhos e vi - mesmo tentando esconder, mesmo não querendo - que tudo aquilo acabaria na manhã seguinte quando ambos estivessemos sóbrios.



Livros da semana

26 novembro 2012


Vi a resenha desses livros no meu blog favorito e resolvi compra-los todos de uma vez. Vou aproveitar as férias para lê-los e depois conto o que achei! Eles são, na ordem:

♥ Zumbis X Unicórnios - Holly Black e Justine Larbalestier
♥ Malas, Memórias e Marshmallows - Fernanda França
♥ A culpa é das estrelas - John Green






Em homenagem a Alanne!







Até a próxima!



Sobre a falta que faz

23 novembro 2012

Foto: We Heart It


Era um dia fora do comum, onde tudo se comportava de forma estranha e agradável. Alguma coisa importante acontecia num lugar perto daqui, mas havia uma grade me separando de todo o tumulto que se formava. Era possível ouvir passos pesados, buzinas e muita gente falando alto. E então eu te vi. Era a primeira vez em quase 4 anos. Tentei te chamar pra avisar que eu estava por perto, mas havia muito barulho e você estava ocupado demais pra poder prestar atenção em mim. Mais uma vez tentei em vão fazer contato. Eu precisava te mostrar que ainda me importava, que desde que você partiu há algum tempo atrás eu não parei de pensar em como você me fazia sentir, que nada nunca teve graça alguma sem seu abraço e que eu ainda te amava muito.
Procurei meu celular que estava em algum lugar na minha bolsa. E quanto mais eu demorava, mais você se afastava. Droga!
Por fim, te enviei uma SMS e rezei pra que minha última chance desse certo.
"Oi! Sei que não nos falamos faz tempo, mas queria que você soubesse que estou com saudades. Caso você ainda se importe, pare seja lá o que estiver fazendo e olhe pro lado. Estou te esperando! - Camila"
Forcei meus olhos míopes quase cegos, te vi parando e por um segundo tive a esperança de um novo "nós". Até que você virou para o lado oposto, pediu uma informação e seguiu ainda mais depressa para o seu compromisso inadiável.
Se você tivesse me ouvido, eu diria que estou esperando por quanto tempo for necessário, nesse lugar ou em qualquer outro. Diria que a única coisa que você precisaria fazer era me aceitar. Que de resto, nada mais importaria. Que seriamos mais felizes do que nunca.
Mas você não ouviu. E eu continuei presa. Naquela grade e num passado que jamais esqueci.
                                                                          






Design e código feitos por Julie Duarte. A cópia total ou parcial são proibidas, assim como retirar os créditos.
Gostou desse layout? Então visite o blog Julie de batom e escolha o seu!